Como o pilar social do ESG pode auxiliar o trabalho remoto?

Trabalho remoto e home office são a mesma coisa?

A rápida transformação digital e tecnológica impulsionou, entre outras coisas, uma grande evolução das formas de trabalho, especialmente no que diz respeito ao trabalho remoto, ou como popularmente conhecido, home office (escritório em casa). O termo se refere à prática de realizar as atividades profissionais fora dos ambientes tradicionais de trabalho, geralmente a partir de casa ou de qualquer outra localidade além das dependências físicas da empresa. 

Nesse modelo, a tecnologia emerge como elemento-chave para garantir a eficiência, a socialização, a inclusão e a comunicação entre os colaboradores. Diferentes soluções integradas, como aplicativos de videoconferência e plataformas de gerenciamento de projetos, facilitam e agilizam os processos laborais à distância.

O desenvolvimento profissional dos colaboradores também se adapta ao trabalho remoto, com a oferta de cursos online e programas de capacitação à distância. Além disso, a atenção à saúde mental e ao bem-estar daqueles que trabalham na empresa torna-se essencial, independente do nível hierárquico ocupado, com o oferecimento de programas de apoio emocional e atividades de integração.

Ao adotar essas práticas e tendências, as organizações acompanham as constantes transformações do mercado e garantem um ambiente de trabalho eficiente, inclusivo e flexível. Quer entender mais a fundo sobre o home office? Siga a leitura e aproveite a oportunidade para clicar aqui e baixar o nosso white-paper!

Mas, afinal, qual é a relação entre o ESG e o trabalho remoto?

O mundo vive em uma era na qual o sucesso das organizações não é medido apenas por seus resultados financeiros, mas também pelo impacto socioambiental que geram. A ascensão dos critérios e práticas ESG (Ambiental, Social e Governança) surge como um catalisador para esta transformação, buscando aprimorar as relações de trabalho, tanto internas quanto externas, e contribuir para um futuro mais sustentável e responsável.

A adoção desses princípios no Brasil e no mundo cresce a cada ano, com diversos estudos evidenciando sua importância para o desenvolvimento das organizações. O relatório “ESG Radar 2023” da Infosys, por exemplo, revelou que, entre os 2500 executivos e gerentes de empresas com mais de US$ 500 milhões de receita entrevistados, 90% dos afirmaram que iniciativas ESG geraram, sim, retornos financeiros positivos.

Apesar disso, como dito, essas práticas não são apenas sobre lucratividade; mas estão intrinsecamente ligadas à credibilidade, valores e missão de cada companhia. Nesse contexto, o trabalho remoto surge como um elemento vital para que as empresas alinhem-se de fato ao  pilar social do ESG, promovendo uma evolução não apenas nos métodos de trabalho, mas também na forma como as empresas impactam seus colaboradores, clientes e parceiros de negócios.

Boas práticas ESG para o trabalho remoto

A adoção de boas práticas ESG no home office proporciona diversos benefícios tanto para as empresas quanto para seus colaboradores. Entre eles estão:

1. Cultura organizacional forte e engajada:

• Promover uma cultura organizacional alinhada aos valores de sustentabilidade, responsabilidade social e transparência.
• Uma equipe engajada contribui para um ambiente de trabalho harmônico e produtivo, mesmo que à distância.

2. Flexibilidade entre vida pessoal e profissional:

•  A flexibilidade no horário e local de trabalho é crucial para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
• O trabalho remoto permite que os colaboradores organizem suas rotinas de forma eficiente e menos estressante, resultando em maior satisfação e produtividade.

3. Diversidade de talentos espalhados pelo país:

• O trabalho à distância possibilita a contratação de talentos de diferentes regiões, promovendo a diversidade e inclusão na empresa e rompendo com  barreiras geográficas e econômicas.
• Essa pluralidade enriquece o ambiente de trabalho, potencializando a criatividade e a inovação e oferecendo diferentes perspectivas de negócios.

4. Maior foco e produtividade em um ambiente familiar:

• O trabalho remoto permite que os colaboradores trabalhem em um ambiente familiar e confortável, aumentando seu foco e produtividade, assim como seu bem-estar.

5. Maiores conexões e networking:

• Ferramentas de comunicação online, como o aplicativo Slack, facilitam a conexão e o networking entre os colaboradores.
• Essas conexões fortalecem a colaboração e a troca de conhecimentos, contribuindo para o desenvolvimento profissional e para o crescimento da empresa.

Vale ainda destacar que a adoção do home office também oferece vantagens essencialmente financeiras para as empresas, como a economia de custos – que vão desde altos valores, como aluguel, água e luz, até custos menores como o valor pago por cada copo de plástico utilizado –, maior retenção de talentos e aumento da satisfação e produtividade da equipe. 

As práticas do pilar social do ESG também podem ser aplicadas no modelo híbrido?

O modelo híbrido, que combina o trabalho remoto com a presença física esporádica, oferece aos colaboradores a flexibilidade de escolher entre trabalhar em casa e no ambiente laboral tradicional, como um escritório. Esse modelo permite que os colaboradores equilibrem suas responsabilidades profissionais e pessoais de maneira mais eficaz, promovendo uma melhor qualidade de vida e reduzindo o estresse e perigos associados aos deslocamentos diários. 

Além disso, ao facilitar a interação física entre os membros da equipe, o modelo híbrido fortalece os relacionamentos, promove a colaboração criativa e reforça a coesão social dentro da organização. Assim, ao adotar este modelo, as empresas não apenas atendem às demandas dos colaboradores por flexibilidade, mas também promovem um ambiente de trabalho mais inclusivo, saudável e socialmente responsável, alinhando-se também aos princípios sociais do ESG.

Vale a pena aderir ao trabalho remoto?

O trabalho remoto e o modelo híbrido podem ser respostas às demandas por flexibilidade, além de oportunidades para promover mudanças positivas alinhadas aos princípios sociais do ESG. 

Essas práticas podem transformar a dinâmica do trabalho e contribuir positivamente para a sociedade, influenciando uma mudança que vai muito além do espaço de trabalho. Por fim, ao adotar e investir nesses modelos de trabalho como práticas sustentáveis, as empresas podem melhorar sua reputação, contribuindo para a inclusão econômica e social e para um futuro cada vez mais responsável.

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Crédito da imagem: DC Studio – Freepik